O que é rocha e seus tipos

Rocha é o nome dado a um composto natural formado por um ou mais minerais. Quando olhamos para as formações rochosas ao redor do mundo, somos lembrados da incrível diversidade e complexidade que a Terra abriga. Desde os picos imponentes das montanhas até as profundezas dos oceanos, as rochas são testemunhas silenciosas da história do nosso planeta. Vamos explorar os diferentes tipos de rochas e descobrir as fascinantes histórias que elas têm a contar.

-> Rochas Ígneas (Magmáticas):

As rochas ígneas são formadas a partir do processo de resfriamento e solidificação do magma ou lava. A mineralogia e textura desse tipo de rocha é controlada principalmente composição química do material magmático e o tempo de resfriamento até a solidificação, sendo que quanto mais lento for a redução da temperatura, maior e mais bem formado serão os minerais constituintes.

Quando o resfriamento e solidificação ocorrem no interior da Terra, as rochas são denominadas de Ígneas Intrusivas, sendo caracterizadas por minerais mais bem formados e visíveis a olho nu (faneríticas). De modo contrário, ao entrar em contato com a superfície terrestre, as lavas vulcânicas se resfriam rapidamente, gerando rochas de granulação muito fina (afanítica) ou vidros vulcânicos, produtos estes pertencentes às Ígneas Extrusivas.

A subdivisão das rochas ígneas em intrusivas e extrusivas leva em consideração o aspecto textural, caracterizado pelo tamanhos dos minerais formados e o ambiente de solidificação. No entanto, é possível classificar as rochas ígneas com base em sua composição química, onde o teor em sílica permite categorizar em: ácidas (rica em sílica), intermediárias (moderada em sílica) e básicas (pobre em sílica). Assim, rochas ígneas com mesma composição química tem seus respectivos correspondentes intrusivos e extrusivos, conforme o esquema a seguir:

Rochas Intrusivas mesma composição química Rochas Extrusivas

Economicamente, esse tipo de rocha pode por conter em seu arcabouço muitos minerais preciosos (ex. rubi, esmeralda, turmalina, etc.) e ocorrências de metais preciosos (prata, cobre, ouro, chumbo, etc.). Além disso, é uma importante fonte de rochas ornamentais para produção de revestimentos, pia, mesa e outros itens voltados à construção civil.

2. Rochas Sedimentares:

As rochas sedimentares são resultado da deposição e compactação de sedimentos ao longo dos milhões de anos. Esses sedimentos, oriundos da desagregação de partículas de rochas pré-existentes, são transportados por agentes como água, vento e gelo, acumulando-se em camadas sobrepostas.

Com o passar do tempo , a pressão sobre esses sedimentos causa sua compactação e cimentação, transformando-os em rochas sólidas, processo denominado de diagênese.

Em relação a origem desses sedimentos, podemos classificar as rochas sedimentares em 3 tipos :

Rochas sedimentares clássicas: produto da desagregação e transporte de sedimentos provenientes de outras rochas, sejam elas sedimentares, ígneas ou metamórficas. Esse tipo de rocha sedimentar é o mais abundante dessa categoria e as rochas formadas podem ter origem em diversos ambientes sedimentares (marinho, lacustre, fluvial, desérticos, glaciais, entre outros). Exemplos: arenitos, conglomerados, argilitos, diamictitos, tilitos, varvitos, etc.

Rochas sedimentares químicas: formada pela precipitação química de minerais, ocorrendo em ambientes com pouca agitação (lacustre) e com alta concentração de carbonatos, sulfatos, sílica, fosfatos ou halóides. O calcário é a rocha sedimentar química mais conhecida.

Rochas sedimentares orgânicas: esse tipo de rocha ocorre em ambientes com baixa capacidade de oxidação, onde a matéria orgânica é mais facilmente preservada. A turfa, o linhito e o antracito são tipos de carvão produtos desse tipo de rocha.

Além de fornecer informações importantes sobre o clima, fauna e flora de períodos pretéritos, as rochas sedimentares também são fontes de importantes recursos naturais, tais como: petróleo, carvão e, principalmente, água subterrânea.

3. Rochas Metamórficas:

Metamorfismo é o nome dado ao processo que envolve mudança na composição mineralógica, textural e estrutural de uma rocha, sem ocorrer a fusão completa da rocha pré – existente. Tal mudança ocorre devido a necessidade de reajustar a rocha as novas condições de pressão e temperatura, podendo ocorrer em rochas ígneas, sedimentares ou, até mesmo, nas rochas metamórficas.
Os principais agentes do metamorfismos são a temperatura, pressão, presença de fluidos e o tempo. A paragênese mineral é o nome dado à assembleia de minerais formados nas condições mais estáveis. Por sua vez, os minerais índices são importantes marcadores que indicam o grau de metamorfismo que a rocha pretérita foi imposta, podendo ser de baixo grau, grau intermediário e alto grau.

Metamorfismo de baixo grau: ocorre em região de baixa temperatura e pressão, marcado pela presença de minerais hidratados como muscovita e clorita. Exemplos de rochas desse grau metamórfico são as Ardósias e Filitos.

Metamorfismo de médio grau: caracterizado por um pressão média e temperatura entre 320ºC a 450 ºC, com ocorrência de biotita e granadas. O Xisto e o Gnaisse ocorrem nesse grau metamórfico.

Metamorfismo de Alto Grau: ocorre em temperaturas acima de 450ºC e altas pressões, o anfibólio pode ocorrer nessa fase e conforme aumentar o grau metamórfico será substituído pelo piroxênio.